Foram
mais de 450 alunos participaram na 3ª edição do Concurso
«História Militar e Juventude», dedicada ao tema “A
Guerra Colonial na minha terra”.
Maria Martins dos Santos, da Escola Secundária dos
Casquilhos, no concelho do Barreiro, com o trabalho
«Aqui, sempre lá», conquistou 1.º Prémio Nacional, no
grupo C, referente a trabalhos escolares do Secundário.
Aqui fica a publicação do texto integral.
AQUI, SEMPRE LÁ
ESCOLA SECUNDÁRIA DE CASQUILHOS
Maria Santos, 12ºD, nº17
Professora Helena Pereira
Oiço o sino da Igreja. Vinte e uma horas. Estou em casa.
Onde nasci. Na casa que, antes, foi dos meus pais, e antes
deles, dos meus avós. Consigo ver a torre da igreja. Chove.
O sino soa uma, e soará outra e outra vez, até que todos
saibam que são vinte e uma horas.
Nasci no Barreiro e chamo-me António. O meu pai nasceu no
Barreiro e chamava-se António. Sei que o meu avô, também
António, nasceu no Alentejo. Morreu no Barreiro, como os
meus pais. O meu nome é uma homenagem. Uma herança. Como o
do meu pai já era antes de mim. Temos nomes de mortos que
mal conhecemos.
Parti há quinze anos. Nunca voltei. Ainda que hoje esteja
aqui. Na mesma janela donde se vê a torre da Igreja da Nossa
Senhora do Rosário. Tudo mudou, o mundo não é o mesmo, a
política não é a mesma, o trabalho não é o mesmo, eu não sou
o mesmo.
Só a torre da Igreja, que vejo da janela à minha frente, é
exatamente a mesma. Penso que isso me conforta. Milhares de
pessoas podem morrer, as coisas mais horríveis podem
acontecer e, no entanto, a vida continua, tem de continuar,
da mesma forma que,
daqui a trinta minutos, as badaladas soarão tal qual como
soaram trinta minutos antes.
A minha mulher chama-se Maria. Quando crianças, morava na
casa em frente da minha. Na casa que, antes, foi dos seus
pais, e antes deles, dos seus avós. Pergunta- -me se estou
bem, se preciso de falar sobre o que aconteceu. Fica
preocupada quando olho demasiado tempo pela janela.
- Estou a ver a chuva. Porque não haveria de estar bem? Nada
me aconteceu.
Tudo o que me aconteceu, aconteceu aos outros também e todos
estão bem. Para além disso, foi tudo há muito tempo, já não
me lembro de nada. Há onze anos que voltei!
(Nunca lhe disse que não voltei. Que fiquei lá. Que não sei
se alguma vez vou voltar.)
- Desculpa-me, achei que pudesses querer falar. Sabes que eu
não te julgaria, eu só gostava de perceber o que é que
aconteceu lá, na Guiné. O meu tio quando voltou de Angola
vinha sem um pé e chorava durante semanas…
- Pois. Acontece. Não deve ter sido mais que um acidente. A
mim, a nós, nada aconteceu. Nunca fizemos mal a ninguém. Mal
tivemos contacto com eles. Vai-te deitar.
É tarde.
Pedi-a em namoro quando tínhamos 12 anos. Estudávamos na
Escola Industrial e Comercial Alfredo da Silva, ela na turma
das raparigas e eu na dos rapazes. Às vezes, eu e os meus
amigos, ficávamos até mais tarde no portão da escola para as
ver passar e eu sorria-lhe e ela sorria-me de volta. Pedi-a
em casamento um mês antes de partir.
Já sabia que teria de ir. Não sabia que nunca ia voltar.
Aconselharam-me a pedir naquele momento. De outro modo,
quando voltasse, ela já me teria esquecido.
Perguntam-me se estou bem. Respondo invariavelmente que sim.
Nunca hesito.
O Jorge esteve comigo na Guiné. Encontrei-o hoje e ele
perguntou-me se eu estava bem. Sim! Assim. Sem hesitar. Ele
faz parte de uma associação. Deficientes das Forças Armadas.
Disse-me que o escutam, que sabem pelo que passou, que, pela
primeira vez, é visto tal qual como é. Se eu queria ir um
destes dias? Não. Não sou deficiente nenhum. Não preciso de
ser ouvido por nenhum especialista. Mal me lembro do que
aconteceu. O que eu precisava, mas não lhe disse, era de
voltar. Era de sair da selva.
Era de deixar de ter o corpo encharcado da humidade do mato.
Era de chegar a casa.
Eu não fiz nada de errado! Defendi a minha pátria. Cumpri o
meu dever. Vivo em paz com tudo o que fiz. Eu estou bem! Não
morri como outros, não fiquei sem pernas, não fiquei sem
braços, não segurei nas tripas no meio de um país cheio de
bicharada.
(Mas fiquei lá. Fiquei lá mais do que os que morreram.
Fiquei lá mais do que os braços e pernas e tripas que também
lá ficaram. É lá que estou todas as noites. E quando chove.
E quando o sino soa.)
Atraquei em Alcântara em janeiro de 1968. Estou na minha
cama. 24 de abril de 1979. Porque é que não haveria de estar
bem?
Gostava de dormir. Mas assim que fecho os olhos soam dez
badaladas. Vinte e duas horas. As mesmas dez badaladas que
ouvi naquela manhã de abril de 1961 quando as vi pela
primeira vez. Dez badaladas na Igreja de São Domingos a
soarem para sempre.
- Pai, são dez da manhã.
- Anda, já se faz tarde.
À esquerda, uma multidão. Mulheres a chorar e que desviavam
o olhar, homens que abanavam a cabeça e partilhavam
comentários enraivecidos:
- Isto é tudo culpa dos pretos, não percebem a sorte que têm
em serem portugueses.
E elas lá estavam. As crianças esventradas, as mulheres
violadas, os homens com o corpo num lado e a cabeça noutro.
A civilização desfeita a golpes de catana.
Enchi-me de medo. E de raiva. Tinha de proteger a minha
casa, a minha família. Tinha de cumprir o meu papel.
Já não estou no Palácio Foz. Já não oiço as mulheres a
chorar. Já estou em casa. O meu pai fuma na sala ao meu
lado. Na rádio, Salazar anuncia “Para Angola rapidamente e
em força”.
Levanto-me. De novo à janela. E lá está a Igreja. E o rio.
Está tudo como devia estar. Claro que estou bem.
Consigo ouvir a água. Bate contra a muralha. Bate e volta
para trás, bate e volta para trás, bate e volta para trás.
Sinto no rio o cheiro do oceano. Às vezes, olho pela janela
e só vejo quilómetros e quilómetros de mar. O navio bate
contra a água como a chuva bate contra a janela.
Oiço um homem alto que fala da guerrilha. Dos pretos no meio
da noite. No meio do mato. O Jorge está a meu lado:
- Já percebemos que aquilo é a selva e que eles conhecem a
selva, mas eu conheço a minha espingarda, conheço os tanques
que conduzi em Santarém e nenhum preto quer desafiar um
tanque! Isso garanto-te.
- Como achas que é a Guiné?
- Como Setúbal! Sei lá. Uma terra que encheram de selvagens.
Que encheram de animais que matam tudo o que apanham pela
frente. Sei que é Portugal e sei que é preciso meter aquilo
na ordem.
- Estás preparado?
- Preparado?
- Para lutar contra esses animais.
- Deus está comigo. Não vou fazer nada senão o meu dever
enquanto português.
Para além disso eles merecem. Não viste as fotografias?
- Vi. Tens razão.
Estavam em todo o lado. Nos postos em que parávamos. Às
refeições. Entre cervejas. Os corpos esventrados, as
crianças mortas, as mulheres violadas estavam sempre lá.
Para nos encorajar. Para nos irem deixando lá aos poucos.
O Jorge era um entusiasta das fotografias. Quando queria
ficar zangado bastava- -lhe pensar nas fotografias e era
como se tudo aquilo lhe tivesse acontecido a ele.
Quando cheguei à Guiné, o corpo doía-me. A Guiné não era
Portugal. Só vejo selva, árvores enormes e uma terra
vermelha como nunca tinha visto antes. Vermelha como sangue.
Oh Jorge foi isto que te contaram? Alguém sussurra, quase
inaudível:
- Foi isto que fizemos nestes anos todos de colonização?
Fomos à Guiné para morrer. E cumprimos. Atacaram-nos na
segunda noite. As pernas a tremer. As mãos a suar. Nem
conseguia segurar na arma. Tantos tiros. Por todo o lado.
Não via nada. Escondi-me. Os negros do outro lado. A
morrerem como se não tivessem nada a temer. A morrerem como
se fossem viver para sempre.
Quando aquilo acabou o Jorge disse-me:
- Então, quantos mataste?
- Nem vi bem… Alguns.
- Não esperava que fossem tantos e que dessem tanta luta
- Jorge…
- Sim?
- Quem é que nos convenceu de que podíamos ganhar a Guerra?
- Nunca digas isso, António. É em nome da pátria.
A Pátria. A pátria do meu pai antes de mim e do seu pai
antes dele. Naquele momento, a pátria dizia-me muito pouco.
Aquela noite é a noite de hoje. Em que não durmo. Em que
morro ao lado dos que morrem. Não mato. Em que me escondo.
Mais tiros. Estou ofegante. Suo. Tremo. Choro. Estou lá.
Continuo lá. A ver chover. Fecho-me na casa de banho.
Fui para a Guiné para salvar a pátria e sou eu quem precisa
de ser salvo. A minha pátria não estava ali. Sou eu quem
agora lá está. Sempre. Quando é noite. Quando o sino soa.
Quando chove. Estou lá com os que matei e com os que vi
morrer. Estou com brancos, pretos, homens, mulheres,
crianças, bebés. Estou no meio do sangue. Deitado no chão
vermelho. Escondido das badaladas que me apontam a cada meia
hora. E quase me matam. Agachado enquanto defendo uma pátria
que não sei onde está.
Estou sempre lá. Estou na Guiné. Setembro de 1964.
Amanhã é 25 de abril. Há cinco anos, a Revolução deu-nos
tudo. Sem sangue.
Só não me trouxe de volta. Fiquei para sempre na Guiné. Onde
já não era Portugal. De um dia para o outro já não era
Portugal. Já não havia nada a defender. A pátria já não
estava ali. A pátria tinha estado ali? E eu? Defendi?
Agredi? Só cumpri o meu dever! Só cumpri o meu dever? Estou
escondido na casa de banho. Choro na noite da selva.
Enquanto a chuva bate na amurada da minha janela.
Amanhã vou andar na rua e ver um homem que em tempos esteve
na Guiné, em Angola, em Moçambique. Que vai perguntar-me
como estou. Vou dizer-lhe que está tudo bem. Assim. Sem
hesitar. E porque não havia de estar bem? Não aconteceu
nada.
Não nos aconteceu nada. Já nem nos lembramos. Não fizemos
mal a ninguém. Eu vou perguntar-lhe como está. E ele
responderá que está bem. Que estamos bem. Os dois em África.
Ainda que aqui. Sempre lá.
(Este conto deve muito ao conjunto de pessoas que
entrevistei para a realização do meu trabalho de pesquisa
para a disciplina de história. A todas elas, uma vez mais,
obrigada)
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A toda esta bibliografia adiciono ainda as entrevistas por
mim realizadas ao Coronel Aniceto Afonso, à Joana Pontes, à
Diana Andringa, ao José Amaral e ao Tenente-Coronel Rui
Amaro Batista.
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